Também conhecido como Lamapalooza, me surpreendeu pela lotação. Em tempos de shows esvaziados e festivais cancelados, o Lolla 2013 provou que com um bom lineup nem preços altíssimos atrapalham os negócios.
A lama reinou na sexta-feira. No sábado e domingo, depois de carregamentos de areia cobrirem as poças, a situação melhorou.
As filas apareceram, mas normalmente nos caixas próximos às entradas. Sempre havia algum caixa vazio, bastava procurar. Vi em todos os dias uma série de filas de um lado e caixas vazios de outro.
Dos 3 shows que mais gostei – coincidentemente, um em cada dia do festival – todos foram de bandas já decadentes, que se sustentaram nos velhos hits. Não falo de Pearl Jam, não. Meus shows favoritos foram Two Door Cinema Club, The Killers e Kaiser Chiefs.
Dia 1:
The Killers *****
Banda que já não é mais nem sopro do que foi, com álbuns cada vez mais preguiçosos e caça-níqueis, botou pra quebrar no primeiro dia, fazendo 52 mil pessoas pularem como loucos. Veja as cenas no Youtube: poucas bandas são capazes de provocar tamanha empolgação. E a voz do Brandon Flowers estava surpreendentemente incrível. Showzaço. Foi meu terceiro show da banda.
Passion Pit ****
Minha banda querida foi sucesso no Palco Alternativo, cujo som não era dos melhores. Eles mereciam mais atenção dos organizadores. Show dançante e empolgante, com platéia animadíssima, apesar dos clarões provocados pelas poças d’água. Foi meu terceiro show da banda.
The Temper Trap ****
A banda sofreu com problemas no teclado, mas a simpatia do vocalista compensou. São poucas as bandas que têm um hino tão lindo quanto Sweet Disposition. Show bonito de se ver. Foi meu segundo show da banda.
Of Monsters and Men ****
Fofuchos e sorridentes, fizeram o show “felizinho” do festival. Pura alegria. Foi meu primeiro show da banda.
Crystal Castles ***
Banda só para iniciados, assustou bastante quem não conhecia. Sofreu com a pequenez do Palco Alternativo, mas fez um belo show. Foi meu segundo show da banda.
Flaming Lips **
Saem os bichinhos de pelúcia, entra o bebê bizarro. Show dark, com músicas novas difíceis. Amedrontou os fãs do Killers. Foi meu primeiro show da banda.
Cake SEM NOTA
(Vi um micropedaço do Cake com som PÉSSIMO. Eu já havia visto a banda uma vez.)
Dia 2:
Two Door Cinema Club *****
É o que eu chamo de show perfeito. Pôr-do-sol, platéia fiel, músicas na ponta da língua e muito mexe-remexe. A micareta rolou solta num dos melhores shows do festival. Uma pena que as músicas do primeiro álbum tenham mais força que as do segundo. Esperamos que a banda renasça num terceiro. Foi meu primeiro show da banda.
Alabama Shakes ****
Incrível apresentação ao vivo da banda revelação do ano passado. O público se surpreendeu com a força da voz da Alcione americana. Foi meu primeiro show da banda – me fez perder o Franz, que eu já havia visto quatro vezes.
The Black Keys ****
Banda que dividiu o público, no melhor estilo do AMO e ODEIO. Além de ter rendido várias comparações com o White Stripes. O fato é que Lonely Boy arrepiou e eu fiquei surpreso com a quantidade de fãs, rendendo um público com 3 mil pessoas a mais que o The Killers. Novos tempos. Foi meu primeiro show da banda.
Queens of the Stone Age ***
Eu realmente não sou fã da banda, apesar deste ter sido meu segundo show dos caras. Tem duas músicas que eu acho muito boas. O resto não é pra mim.
Dia 3:
Kaiser Chiefs *****
Talvez o show mais empolgante de todo festival, com um frontman ensandecido, como já havia sido no Planeta Terra há alguns anos. Foi meu segundo show da banda.
Hot Chip ****
Deram muito destaque para as músicas do álbum novo – menos dançante – e deixaram muitos hits de fora. Mas foi um ótimo show, encerrando com a lindíssima Let Me Be Him. Foi meu terceiro show da banda.
The Hives ****
Donos de um dos melhores shows ao vivo, os suecos reinaram absoluto, sacudindo o Lollapalooza. Foi meu segundo show da banda.
Foals ****
Apesar de terem ignorado Cassius e This Orient, fizeram um belo show. Foi meu segundo show da banda.
Pearl Jam ***
Eu não ouço mais Pearl Jam há muitos anos. A banda já não me diz mais nada. Não faz muito sentido pra mim. Quando vi \pela primeira vez, no Pacaembu, havia aquela empolgação de finalmente vê-los ao vivo. Isso já não aconteceu no meu segundo show, no Morumbi. Neste terceiro, tudo já me cansava. Até Evenflow. Foi meu terceiro show da banda.