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Foi meu terceiro show da Chan Marshall. Depois do Auditório do Ibirapuera e do Via Funchal, foi o primeiro que não era sentado. Com um Cine Jóia lotado e ingressos esgotados, Chan atrasou uma hora em plena terça-feira, subindo pouco depois das 23h após várias vaias de uma platéia irritadíssima. Já no palco, apontava para o próprio pulso, como se tivesse um relógio, tossia entre cada frase cantada e desfilava um corpo mal cuidado – imagem ressaltada ainda mais pelo figurino que ela escolheu. Saíram a franja e o cabelo cumprido alisado, entrou um corte curto e punk, todo descolorido pro loiro. O novo álbum, “Sun”, pra mim talvez o melhor da carreira dela, cresce muito ao vivo. Foram várias músicas a ponto de alguém ao meu lado reclamar: “caralho, só vai tocar coisa nova?”. Graças a Deus, sim. Mais alegre e grandioso, “Sun” é perfeito para apresentações ao vivo. Parte do público saiu durante o show, parte gritava apaixonado. Foi o show mais diferente que eu vi dela. Antes, havia apenas uma platéia apaixonada, que pedia autógrafos e abraços no final – e era atendida. Na última terça, havia os fãs dos álbuns antigos, os fãs do álbum novo, os fãs da cantora e até aqueles que conheciam apenas algumas poucas músicas. Mas, no geral, achei que a maioria não estava tão preparada para ver rearranjos e reconstruções de músicas. Algo que causou estranheza pra muita gente.
Não consegui achar o setlist correto do show, mas ele foi mais ou menos assim:
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(Phil Phillips cover)
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(Pedro Infante cover)
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(Rowland S. Howard cover)
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(The Move cover)
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