Confesso que minhas orelhas são parabólicas e estou sempre pescando assuntos ao meu redor. Recentemente, ouvi que abrir o celular na frente de uma pessoa que está falando com você é a mesma coisa que abrir uma revista e começar a ler. São Paulo. Não acho. Se você está falando com alguém e o telefone toca, você pede um minuto e atende. Corinthians. Você assiste TV ao mesmo tempo em que conversa com alguém. Você joga videogame. Ouve rádio. Palmeiras. Acho o celular mais parecido com o caso da TV que com o da revista. Série B. O problema é que algumas poucas pessoas, incluo aí minha amiga Ana Luiza Paiva, não conseguem continuar a conversa enquanto teclam. Libertadores. Aí, sim, temos um problema. Copa do Brasil. Mas a maioria que eu conheço consegue usar o smartphone e não perder o papo. Rebaixado. Não deixar ninguém no vácuo falando sozinho. Pontos corridos. Eu por exemplo, estou escrevendo este texto enquanto converso com dois amigos durante o almoço. E eles estão falando de futebol. Esse assunto não interferiu em nada do meu texto e eu estou a par de tudo que eles estão falando.