Sábado fui ao meu primeiro show da Zooey Deschanel brasileira, a multiartista Clarice Falcão. Atriz, comediante, escritora, compositora, cantora, modelo – não, esta última acho que ainda não – e filha de dois dos maiores criativos da indústria do entretenimento nacional atual, Clarice se reencontrou com seus apaixonados – e, por mim, desconhecidos – fãs paulistanos. Num Cine Jóia surpreendentemente lotado, que me obrigou a ver todo o show lá de cima, Clarice me surpreendeu positivamente. Esbanjando simpatia e bom humor, não tentou fingir ser uma grande cantora que não é. Se ateve à sua realidade, entoando suas músicas gostosas e engraçadinhas, que conversam com a gente de um jeito familiar, como se falassem sobre algo que nós já vivemos. Entre elas, algumas boas piadinhas e muita doçura, o que combina com seu estilo quietinho e fofinho de cantar, o tempo toda parada no centro do palco. Fico imaginando por que não fazem um festival com Clarice, Silva, Tiago Iorc e talvez até uma banda como Móveis Coloniais ou Teatro Mágico. A garotada iria pirar.