Culpa.  s.f. Ato ou omissão repreensível ou criminosa; falta voluntária, delito, crime: pagar por uma culpa. Responsabilidade por semelhante ato: não ter culpa do que fazem os outros.

 

Esqueça o termo jurídico. A culpa criminal é um fato. Atente-se à sua culpa diária. Por ter furado a dieta que você mesmo se propôs a fazer. Por não ter ido ao parque porque não estava a fim. Por ter finalmente dito a alguém aquilo que pensa. Por ter se recusado a fazer algo que não queria. Por ter desistido pelos motivos que só você sabe. Por não ter tentado. Não ter ido. Não ter feito. Não ter dito. Ou ter tentado. Ter ido. Ter feito. Ter dito.

 

Não importa o que você faça, sempre alguém ou algo vai fazer você sentir alguma forma de culpa. Seus pais. Sua namorada. Seus amigos. Seu professor. Seu chefe. Aquela propaganda na TV, ou na revista. Aquele filme. Aquela música. Aquele quadro. Aquela memória.

 

Porque tomar uma decisão significa abrir mão de alguma coisa. E isso normalmente vai envolver alguém. E, mais do que isso, os sentimentos de alguém.

 

Quanto mais você seguir seus instintos e seus desejos, vai ter de abrir mão de algo e/ou alguém no meio do caminho e isso vai trazer uma sensação de culpa. Principalmente se a decisão que você tomou se revelar ruim no final.

 

Não vale a pena embarcar nesse sentimento de raiva e frustração, nesta punição negativa que questiona seu caráter e inteligência. Se existe algum remorso, alguma sensação de ter tomado a decisão errada, não se culpe. Avalie o que aconteceu, entenda a situação e examine os comportamentos – seus e dos outros – que levaram a sua aflição.

 

Deixe a culpa com os juristas e se culpe menos.

 

Mas se mesmo assim você tiver alguma culpa e quiser compartilhar com alguém, sabe o que você faz com ela? Coloca neste site aqui. Divida toda a sua culpa com o mundo. Quem sabe você não se sente mais leve?