Gostem ou não, mas The Strokes inaugurou com Comedown Machine o novo caminho do indie rock, seguido agora com classe por Arcade Fire em sua nova obra-prima: Reflektor. Álbum que já vazou apesar de ter data de lançamento na semana que vem.

A primeira palavra é: DANÇANTE. Remete ao tecnobrega que inspirou Comedown Machine, tem elementos eletrônicos oitentistas que lembram New Order e The Cure, climão dancing days setentistas, ar retrô e nostálgico de um passado imaginário, mas, mesmo assim, uma cara moderna e atual de um LCD Soundsystem do produtor James Murphy.

É o rebolation indie que vai agitar as pistas de dança da década de 10 do século XXI. É o novo indie rock. É a resposta da música à pressa tecnológica e efêmera que vivemos. Mas é efervescente, apressado, épico, dinâmico, contemplativo, swingado, tudo ao mesmo tempo agora. Um pouquinho daquilo, outro disso. De sonhos e de reflexões.

“Normal Person”, “Afterlife”, “Joan of Arc”, “Awful Sound”, “It’s Never Over” e “Here Comes The Night Time” brilham com luzes de pista de dança e suor de alegria. “Supersymmetry” é o único momento de calmaria, encerrando com brilho cósmico.

Clap, clap, clap, eles fizeram de novo. Depois da obra-prima Funeral, do irregular Neon Bible e do excelente The Suburbs, Arcade Fire nos brinda com sua segunda obra-prima. Bem vindos de volta ao panteão da música. Nos vemos no Lollapalooza 2014.