Conhecido como “o filme com 7 minutos de cenas de sexo lésbico”, levou a Palma de Ouro de 2013 – ano que teve Steven Spielberg como presidente do Júri.
Assim como “Brockeback Mountain”, é um filme sobre amor. Que por acaso, trata de um relacionamento homossexual, mas o ponto central não é este. O assunto aqui são as etapas do amor. O interesse, o flerte, a conquista, a sedução, o tesão, o sexo, a paixão, o dia-a-dia, a rotina, interesses diferentes, o fim. É a trajetória da personagem Adèle, em busca de uma identidade e um lugar em seu meio social.
Cru na montagem, trilha e atuações, o filme explora ao máximo o sexo explícito, a fim exatamente de tirar da platéia qualquer vergonha ou incômodo. A overdose de cenas é tamanha que logo deixamos de nos incomodar e passamos a enxergar exatamente o que devemos: duas pessoas pessoas explorando seus corpos e prazeres, a fim de viver uma paixão.
Bonito, triste, sensível, assustador, simpático e desesperador, o filme é uma história de amor crua e sem clichês, com um realismo que poucas vezes se vê no cinema. Não faz bem. É um tapa de realidade na cara de cada um de nós. Mas é um baita filme.