Somos bichos estranhos. Pedimos conforto e segurança, mas quando os conquistamos, queremos suor e lágrimas. Vivemos a base de desafios e buscamos paixões e sonhos que muitas vezes criamos em nossas mentes sem o menor embasamento. Falamos de conquistas e objetivos mas muitas vezes não movemos um dedo sequer para consegui-los. Encontramos muros de concreto em nosso caminho e rogamos por uma escada ou ponte. De tempos em tempos, queremos um botão que nos mostre numa tela o caminho que devemos seguir para chegar onde sonhamos. Mas pouco fazemos para construir esse equipamento terapêutico. A resposta para tudo pode ser 42, mas as perguntas que fazemos normalmente são as erradas. O texto abaixo caiu no colo via Higor de Azevedo. Resolvi trazer pra cá. Talvez ele ajude você a refletir um pouco sobre sua própria vida e os caminhos e pontes que quer construir para o futuro.

Ele é de autoria de Mark Manson, um blogger e escritor americano, traduzido e adaptado com consentimento do autor, publicado originalmente aqui: http://markmanson.net/life-purpose  e que eu peguei daqui. Esse cara realizou o sonho de muitos e consegue hoje viver de escrever e manter um blog. Quem sabe isso não inspire você a também seguir seus sonhos e dar um norte à sua vida.

 

7 perguntas estranhas para ajudar você a encontrar um propósito na vida

Um dia, quando meu irmão tinha uns 18 anos, ele surgiu na sala lá de casa onde estavam minha mãe e eu, e com orgulho nos anunciou que um dia ele seria um senador. Minha mãe provavelmente deu a ele a resposta padrão – “que ótimo, querido!” – e eu seguramente estava distraído demais por uma tigela de sucrilhos ou alguma coisa assim para entender o que aquilo significava.

Mas por quinze anos, esse propósito foi o que deu o tom de todas as decisões de vida do meu irmão: o que ele estudou na escola, onde ele escolheu morar, com quem ele se conectava e mesmo a forma com que ele escolhia gastar suas férias e fins de semana.

E agora, uns trinta anos de trabalho depois, ele é o presidente de um partido político na sua cidade e é um dos mais novos a ter um cargo de confiança no governo do estado. Nos próximos anos, ele espera concorrer a um cargo pela primeira vez.

Não me leve a mal. Meu irmão é meio fora. Esse tipo de coisa nunca acontece.

A maioria de nós não tem nem ideia do que queremos fazer com nossas vidas. Mesmo depois que a gente se forma. Mesmo depois que a gente consegue um trabalho. Mesmo depois que o dinheiro começa a vir. Entre os 18 e 25 anos, troquei os sonhos que tinha para minha carreira como quem troca de roupa. E mesmo depois que comecei um negócio, não foi até os 28 anos de idade que começou a despontar o que eu queria mesmo para a minha vida.

As chances são que você seja mais como eu e não consiga ter uma ideia do que fazer. Todo jovem adulto passa por isso –  “O que quero fazer com minha vida?”, “Pelo que sinto paixão?”, “No que não sou muito ruim?”. E veja, frequentemente recebo e-mails de pessoas em seus 40 ou 50 anos de idade que ainda não têm ideia do que querem fazer das suas vidas.

Parte do problema é o próprio conceito de “propósito de vida”, aquela ideia de que todo mundo nasceu por algum propósito maior e agora é nossa missão cósmica acha-lo. Essa é a mesma lógica usada que alguém usaria para justificar um ‘cristal espiritual’ ou que seu número da sorte é 34 (mas somente nas terças-feiras de lua cheia).

Aqui está a verdade: a gente está nesse planeta por um período limitado. Durante esse tempo, a gente faz coisas. Algumas dessas coisas são importantes. Outras, não. Mas as coisas importantes que trazem significado e felicidade. As não importantes basicamente esgotam seu tempo à toa.

Então, quando as pessoas dizem “o que eu deveria fazer com a minha vida?” ou “qual é meu propósito?”, o que elas realmente estão perguntando é “o que posso fazer com meu tempo que seja importante?”

Essa é uma pergunta muito melhor de se fazer. É muito mais simples de administrar e não tem toda aquela bagagem toda que a outra, do “propósito de vida”, tem. Por isso não há razão para que você fique sentado no sofá comendo Doritos e contemplando algum significado cósmico. Ao invés disso, você estaria melhor se levantando daí e descobrindo o que você sente ser importante.

Uma das perguntas mais comuns que acabo recebendo é de pessoas questionando o que elas deveriam fazer com suas vidas. Aquela história toda do propósito. Essa pergunta é impossível de responder. Afinal de contas, pelo que sei, se o lance dessa pessoa pode ser tricotar suéteres para gatinhos ou gravando alguma coisa obscena no quartinho trancado do fundo da sua casa. Não dá pra dizer. Quem sou eu para decidir o que é certo ou importante para eles?

Mas depois de alguma pesquisa, juntei uma série de questões para ajudar as pessoas a pensarem nisso e descobrirem sozinhas o que é importante e o que pode dar significado à vida.

Essas perguntas não são de forma alguma uma lista exaustiva ou definitiva. Aliás, elas são até um pouco ridículas. Mas as fiz desse jeito porque descobrir propósito em nossas vidas deveria ser algo divertido e interessante — e não um dever de casa.

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1. QUAL O SEU SABOR FAVORITO DE SANDUÍCHE-MEIO-BOSTA -— E ELE VEM COM AZEITONAS?

Ah, sim. A pergunta-mor. Que sabor de sanduíche-meio-bosta que vocêgostaria de comer? Porque eis uma verdade que eles não contam quando você ainda é adolescente e tem que se preocupar com ir ao colégio.

Tudo fica, de certa forma, meio bosta em algum momento.

Claro, isso provavelmente soa muito pessimista de minha parte. Mas bem na verdade, penso que está é uma ideia libertadora.

Tudo envolve sacrifício. Tudo tem algum tipo de custo. Nada é totalmente agradável e super empolgante o tempo todo. Então a pergunta passa a ser: que tipo de sacrifício ou qual esforço árduo você está disposto a tolerar? No fim das contas, o que determina nossa habilidade de não abandonar algo pelo qual nos importamos é a nossa habilidade de contornar esses trechos difíceis e dias cinzentos.

Se você quiser empreender e começar um negócio brilhante, mas não consegue lidar com a ideia de falhar, então você não vai muito longe. Se você quer ser um artista profissional, mas não está disposto a ver seu trabalho rejeitado centenas de vezes, então você provavelmente estará acabado antes mesmo de começar. E se você quiser ser um profissional liberal figurão e cheio de sucesso — seja lá o que isso for significar para você —, mas não aguentar trabalhar 16 horas por dia, então talvez tenhamos más notícias para você.

Qual experiência ruim você está com vontade de enfrentar? Você consegue ficar de pé a noite toda na frente do computador trabalhando? Você se permitiria adiar todo o processo de ter uma família por mais 10 anos? O que você acharia de ter gente rindo de você no palco repetidas vezes até que você acerte em cheio?

Qual sanduíche-meio-bosta você quer comer? Todo mundo come um desses em algum momento.

Por que não escolher um com azeitonas, então?

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2. QUAL VERDADE SOBRE VOCÊ MESMO QUE FARIA VOCÊ MESMO COM 8 ANOS DE IDADE CHORAR?

Quando eu era criança, eu costumava escrever histórias. Costumava sentar no meu quarto por horas a fio, escrevendo sozinho sobre alienígenas, super-heróis, grandes guerreiros, e sobre meus amigos e família. Não necessariamente porque eu queria que alguém lesse, nem porque eu queria impressionar os professores. Fazia isso pelo simples prazer da coisa.

E aí, por alguma razão, parei. Também não lembro por quê.

É uma tendência isso. A gente perde contato com aquilo que gostava muito quando era criança. Algo sobre ser adolescente e passar por uma fase, assim como a pressão de virar um jovem adulto e começar a trabalhar, é que nos tira a paixão desse tipo de coisa. Diria até que somos ensinados a só fazer alguma cosia se o esforço nos é recompensado.

Não foi até que atingi os 20 e poucos anos que redescobri o quanto amava escrever. E não foi até que eu comecei meu próprio negócio que eu lembrei o quanto gostava de construir websites — algo que eu fazia quando era bem novinho, só pela graça de fazer.

O engraçado disso, por outro lado, é que, se o eu-com-8 anos-de-idadefosse perguntar ao eu-com-20-anos-de-idade “por que você nunca mais escreveu nada?” e eu respondesse “porque não sou bom nisso”; ou “porque ninguém leria”; ou “porque não dá pra tirar dinheiro disso”, não somente seria a resposta errada, mas a versão com 8 anos de idade provavelmente se decepcionaria e talvez até chorasse.

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3. O QUE TE FAZ ESQUECER DE COMER E IR AO BANHEIRO?

Outra experiência que todo mundo já teve: ficar tão envolvido em algo que se minutos viram horas e horas acabam se traduzindo em “caralho, esqueci que precisava jantar”.

Reza a lenda que Isaac Newton, no ápice da sua vida, ficava absorto no seu trabalho de modo tal que sua mãe precisava vir lembra-lo de comer vez ou outra.

Eu era assim com jogos de computador. Isso certamente não era algo positivo. De fato, por alguns anos era meio que um problema. Ficava lá sentado jogando ao invés de me ocupar com algo importante, como estudar para uma prova, tomar banhos normalmente, ou falar com outras pessoas cara a cara.

Não foi até que desisti dos jogos que me dei conta de que a paixão ali não era pelos jogos em si (embora gostasse muito deles). Minha paixão é por essa sensação de se desenvolver em alguma coisa e tentar ficar cada vez melhor. Pensando no que os jogos eram mesmo — os gráficos e as histórias, por exemplo — vejo que eles eram bem legais, com certeza, mas dispensáveis mesmo assim. Era na competição saudável — com outros, mas especialmente consigo mesmo — que a gente crescia.

E aí, quando apliquei essa pequena obsessão por melhora e competição consigo mesmo em um negócio online e em escrever — bom, aí é que as coisas começaram a acontecer por aqui.

Para você, provavelmente é alguma outra coisa. Talvez se trate de organizar as coisas eficientemente; perder-se em um mundo de fantasia; ensinar alguma coisa; resolver problemas técnicos, não sei. O que quer que seja, não olhe pras coisas que te deixam somente de pé à noite, mas procure ver o que essas atividades representam e qual é o valor cognitivo delas, e por que elas te animam tanto. As chances são que você pode reaplica-las facilmente em alguma outra coisa.

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4. DE QUE FORMA VOCÊ PODE SE ENVERGONHAR MELHOR E MAIS?

Antes de ser bom em alguma coisa e fazer algo importante, você primeiro deve ser muito ruim naquilo e navegar pela sensação de não ter a menor ideia do que se está fazendo. Isso é bastante óbvio. E para ser bem ruim nisso e não ter noção de nada, você deve se envergonhar de algum modo, e amiúde repetidamente. A maioria das pessoas tenta evitar se envergonhar, simplesmente porque a sensação é terrível.

Portanto, se você evitar qualquer coisa que possa o embaraçar, então você nunca vai conseguir fazer algo que pareça importante. Evidentemente.

Mas veja, parece que mais uma vez isso nos aproxima da vulnerabilidade.

Neste momento, tem algo que você quer fazer, algo em que você pensa em fazer, algo que você fantasia fazer, e mesmo assim você não o faz. Você tem suas razões, é verdade. E você repete essas razões para si ad infinitum.

Mas quais são estas razões? Porque posso dizer agora mesmo que, se essas razões são baseadas no que outros pensariam, então você está dando tiros no pé.

Se suas razões são algo como, “não consigo pensar em começar um negócio porque passar meu tempo com meus filhos é mais importante” ou mesmo “jogar League of Legends o dia inteiro provavelmente interferia na minha capacidade de se dedicar à música, e estou praticando para ser profissional nisso”, então tudo bem. Estamos todos de acordo.

Mas se as razões são “minha família reprovaria”, ou “consigo ouvir já meus amigos fazendo piada disso”, ou “se eu falhasse, ficaria com cara de idiota”, então as chances são que você na verdade está evitando algo pelo qual você realmente se importa, porque se importar com aquilo é o que te tira o sono e te assusta até não poder mais — e não o que sua mãe acha ou que pensa o Joãozinho da sua rua.

Viver evitando o embaraço é praticamente como viver com a cabeça enterrada na areia.

Coisas grandes são, por sua própria natureza, únicas e não convencionais. Por tanto, para alcançá-las, ideal é não ser um pãozinho. Sabe, um pãozinho, igual a mais outros mil de uma mesma fornada. E buscar não ser um pãozinho e fugir do óbvio é assustador.

Abrace o embaraço e a sensação de vergonha. Sentir-se vulnerável talvez seja bem o caminho para alcançar algo mais importante e com significado. Quanto mais uma decisão de vida te assusta, talvez maiores sejam as chances de que você precisa ir atrás dela.

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5. COMO VOCÊ PRETENDE SALVAR O MUNDO?

No caso de você não ter visto o noticiário recentemente, o mundo tem tido alguns problemas. E por “alguns problemas”, o que realmente quero dizer é que “tudo está bem na merda e vamos todos morrer”.

Já entramos nisso antes, e a pesquisa também dá a entender essa conclusão, mas para permanecer em estado de felicidade e de modo saudável, deve-se ater a valores que são maiores que nosso próprio prazer e satisfação.[1]

Então escolha algum problema e comece a salvar o mundo à sua maneira e proporção. Tem várias formas de se fazer isso, inclusive. Só pra listar alguns problemas, pense em nossos sistemas educacionais, no desenvolvimento econômico, na violência doméstica, saúde mental, e na ausência do Estado em alguns lugares e aspectos. Até vi um artigo hoje de manhã sobre tráfico de pessoas para prostituição aqui no país e fiquei horas me remoendo e desejando que eu pudesse fazer alguma coisa.

Ache um problema pelo qual você se importe e comece a resolvê-lo. Obviamente você não vai consertar tudo sozinho. Mas você pode fazer uma contribuição, sem dúvida. E aquela sensação de fazer a diferença é o que em última instância constitui o fator mais importante para preencher a sua sensação de vazio.

Pois então. Agora fico imaginando o que você deve estar pensando. “Pois é, Mark. Eu leio tudo isso que você está falando aí e fico baita incomodado também, mas isso não se traduz tanto em ação pra mim, muito menos um caminho de vida.”

Fico feliz que você tenha perguntado–

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6. IMAGINE UMA ARMA PRESSIONADA CONTRA A SUA CABEÇA: SE VOCÊ TIVESSE QUE DEIXAR SUA CASA O DIA TODO, TODOS OS DIAS, AONDE VOCÊ IRIA E O QUE VOCÊ FARIA?

Para muitos de nós, o inimigo é só aquela boa e velha complacência. Temos nossas rotinas. Nos distraímos. O rolê de sempre é confortável. Os Doritos estão apetitosos. E nem sempre algo novo acontece ou precisa acontecer.

Isso é um problema.

O que a maioria das pessoas talvez não perceba é que paixão é um resultado da ação, e não a causa.[2][3]

Descobrir pelo que você é passional e o que para você é importante é um esporte de contato, e um processo de tentativa e erro. Nenhum de nós sabe exatamente como nos sentimos em uma atividade até que realmente nos ponhamos a fazê-la.

Então vale se perguntar: se alguém pusesse uma arma encostada em suas têmporas e te forçasse a sair da sua casa todos os dias, o dia inteiro, podendo voltar somente para dormir, como você ocuparia seu tempo? E não, não vale sentar num café ou num lugar que tenha wi-fi para ficar viajando na timeline do Facebook. Você provavelmente já faz isso. Vamos fingir por um momento que não há sites inúteis, não há televisão ou joguinhos no celular. Você tem que ficar fora de casa o dia todo, todos os dias, até que seja hora de ir dormir. Aonde você iria e o que faria?

Faria trabalho voluntário? Inscrição numa aula de dança? Começar outra faculdade? Inventaria um novo sistema de irrigação que pode salvar a vida de milhares de crianças em alguma zona rural da África? Aprenderia a tocar gaita?

Se isso te instiga minimamente a pensar, escreva algumas respostas. E aí, sabe como é, pegue a lista e vá riscando o que você for fazendo. Pontos extras se alguma dessas coisas envolver se envergonhar propositalmente.

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7. SE VOCÊ SOUBESSE QUE MORRERIA EXATAMENTE DAQUI A UM ANO, O QUE FARIA E COMO VOCÊ GOSTARIA DE SER LEMBRADO?

Outra coisa que a maior parte de nós não gosta de pensar é na morte. Isso assusta pra caralho. Por outro lado, pensar no fim da nossa própria existência traz uma série de vantagens bem práticas. E uma delas é que tal pensamento nos força a ser bem honesto com aquilo que realmente é importante e o que é frívolo ou distração.

Em minha época de faculdade, eu perguntava isso para as pessoas que conhecia. “Se você tivesse só mais um ano de vida, o que você faria?” (Como você pode imaginar, eu era um cara extremamente divertido nas festas.) E muita gente me dava respostas pouquíssimo imaginativas ou bastante vagas. Quase tive copos de bebida jogados em mim. Mas gosto de pensar que isso as fez pensar um pouco a fundo nas suas vidas e reavaliar quais eram suas prioridades.

O epitáfio desse cara dirá: “Aqui jaz o Greg. Ele viu todos os episódios de Game of Thrones — duas vezes.”

Qual vai ser o seu legado? Quais histórias as pessoas contarão quanto você estiver em outra? O que dirá seu obituário? Será que vai ter algo pra ser dito lá mesmo? Se não, o que você  gostaria que ele dissesse? Como você pode começar a trabalhar focado nisso a partir de hoje?

E de novo, se você pensa no seu obituário dizendo um monte de coisas incríveis que impressionam um monte de gente aleatória, então talvez estejamos errando aqui de novo.

Quando as pessoas sentem que não têm senso de direção, nenhum propósito na vida, porque ainda não chegaram à conclusão do que é importante para eles, é porque não buscaram entender antes seus valores.

E quando você sabe quais seus valores são, então você está essencialmente pegando os valores de outras pessoas e usando seus nortes e prioridades para decidir uma vida que, ao final das contas, não é bem sua. Isso é um bilhete só de ida para relacionamentos pouco saudáveis e caminhos desafortunados.

Descobrir seu propósito na vida essencialmente diz respeito a encontrar uma ou duas coisas que são maiores que você mesmo, e maiores que as pessoas ao seu redor. E para achá-las, diria que seria ideal sair dessa cadeira confortável e agir, usando o tempo para pensar além de si, e paradoxalmente, imaginar (e construir) um mundo que não precise de você.

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Notas de rodapé:

[1] Sagiv, L., & Schwartz, S. H. (2000). Value priorities and subjective well-being: direct relations and congruity effects. European Journal of Social Psychology, 30(2), 177–198.

[2] Wrzesniewski, A., McCauley, C., Rozin, P., & Schwartz, B. (1997). Jobs, careers, and callings: People’s relations to their work. Journal of Research in Personality, 31(1), 21–33.

[3] Newport, C. (2012). So Good They Can’t Ignore You: Why Skills Trump Passion in the Quest for Work You Love. Business Plus.