Foi um ano de tropeços no cinema: um David Fincher mais fraco (“Garota Exemplar”), Tom Cruise fazendo mais do mesmo (“No Limite do Amanhã”), Luc Besson errando feio a mão (“Lucy”), Christopher Nolan se desequilibrando (“Interstellar”), Darren Aronofsky completamente perdido (“Noé”), Marc Webb vendido e totalmente desnecessário (“O Espetacular Homem-Aranha 2”), José Padilha fraquíssimo (“Robocop”), uma triste tentativa de reboot de Jack Ryan com Kenneth Branagh na direção (“Operação Sombra”),”Clube de Compras Dallas” serviu apenas para render Oscars a Mathew Mcgonaughey e Jared Leto, Lars Von Trier não entregou o que prometeu em “Ninfomaníaca” e Stephen Daldry visitou o Brasil no péssimo “Trash”.
Já a série “Planeta dos Macacos” cresceu e manteve a qualidade do primeiro (“O Confronto”). Bryan Singer fez bonito, mas abaixo das espectativas em “X-Men Dias de Um Futuro Esquecido”. Steve McQueen fez uma obra-prima com “12 Anos de Escravidão”. Spike Jonze brilhou com “Ela”. Richard Linklater manteve o alto nível com “Boyhood”. “Hoje Eu Quero Voltar Sozinho” mostrou toda a sua sensibilidade. Martin Scorcese fez bonito em “O Lobo de Wall Street”. “Alabama Monroe” mostrou a tristeza da vida.
Enfim. Foi um ano cujos melhores filmes, na verdade, eram de 2013. Este 2014 não teve um nível digno de menção na história do cinema.