Lá se vai mais um Lollapalooza, festival que já faz parte da agenda sulamericana da música. E, apesar deste ano não ter nenhum grande nome do indie rock (Pharrel é do pop e Jack White é poprock), foi um belo festival. Acho que o Lolla finalmente achou sua casa: o autódromo de Interlagos, apesar de distante do centro, é um baita de um lugar. E, neste ano, rechearam o “parque” com redes, foodtrucks, bancos e até balanços. A locomoção entre os palcos fluiu muito bem (ao contrário do ano passado), o som esteve em alto nível (tirando problema na St Vincent e som baixo no Foster The People), o transporte via trem foi perfeito (mesmo na saída, com toda a multidão indo ao mesmo tempo), não houve filas (nem para o banheiro) e não vi nenhuma confusão.
Dia 1:
FITZ AND THE TANTRUMS ****
Dos melhores shows do Festival, eu havia visto a banda na quinta passada na Audio Club. Bons hits dançantes do pop rock e uma diva da música que encantou o público. Simpatia e muito balanço.
ALT-J ****
Talvez uma das bandas do mainstream mais criativas e inovadoras. Foi meu segundo show, o primeiro havia sido na sexta, no Cine Jóia. Destoou do ritmo pula-pula do festival, mas mesmo fazendo um show de ritmo mais intimista arrastou muita gente para o palco Skol. Lindo de se ver.
ST VINCENT ***
Essa moça é muito boa. Fez um dos melhores álbuns do ano passado. O show foi bom, mesmo com um dos autofalantes ter apresentado problemas no início. Bom show.
ROBERT PLANT ***
O que dizer de um dos maiores ícones do rock tocando um pouco de Led Zepelin?
MARCELO D2 ***
Substituto do substituto, D2 fez um belo show no palco Axe.
Dia 2:
RUDIMENTAL ***
Não é meu tipo de som, mas fez um show cheio de energia.
INTERPOL ****
Foi meu quarto show da banda. De público fiel, fez uma boa apresentação, misturando velharias e novidades do álbum El Pintor.
THE KOOKS ****
Foi meu terceiro show desses simpáticos ingleses. Sempre cheios de energia, superlotaram o Palco Ônix (como eu já havia visto eles fazerem duas vezes com o Via Funchal) e botaram a multidão pra dançar.
FOSTER THE PEOPLE ****
Foi meu quarto show da banda. Neste ano, parece que Mark Foster estava um tanto preguiçoso e ainda vivendo o auge (irreal) do álbum anterior. Quando foi headliner do Lolla há alguns anos, Foster fez um show espetacular. Agora, com um ótimo álbum novo mas nem de longe com o mesmo sucesso do anterior, Mark agiu no palco como se fosse Mick Jagger. O show foi bom, mas faltou mais alma e sobrou firula.
YOUNG THE GIANT ****
Que surpresa! Talvez o melhor show que vi no festival. E com o frontman mais autêntico, pirado e verdadeiro. Procure essa banda e divirta-se.
SMASHING PUMPKINS ****
Banda que faz parte da minha vida. Portanto, tenho uma conexão emocional com as músicas. E ver ao vivo Cherub Rock, Tonight Tonight, Ava Adore, 1979, Bullets with Butterfly Wings, Disarm e Today, pra mim, é histórico. De chorar.