** SPOILER ALERT **
Star Wars é o maior fenômeno da cultura pop. Queira você ou não. Como diz Rodrigo Buim, tudo envolvendo a saga viraliza. E quando acertam a mão num filme, sai de baixo.
Se J.J.Abrahms tinha a dura tarefa de agradar fãs e um novo público em Despertar da Força, Gareth Edwards teve total liberdade para reinventar, sem perder o coração da série. Pois Rogue One é ainda melhor que Despertar da Força – que ficou muito preso à estrutura de Uma Nova Esperança e tem alguns sérios problemas de roteiro, apesar de ser divertidíssimo.
Este novo filme é um longa de guerra, dentro do Star Wars. Cada cena tem uma série de referências ao universo da saga, o que é uma emoção para quem é fã de carteirinha. É realmente delicioso ver rostos conhecidos, objetos, personagens ou mesmo a citação de alguns. É lindo.
A escalação de bons atores não é uma novidade, mas desta vez entregaram personagens mais profundos, traumatizados, menos maniqueístas. Há maldade, há bondade, há dúvida. O que faz do filme o mais humano e político de todos da saga.
É emocionante. É bonito. É divertido pra caralho.
E a metade final do longa é um primor. A batalha no país caribenho intercalada com uma das melhores guerras espaciais da série é de emocionar. Até porque usaram cenas deletadas da trilogia original, como fica claro pela qualidade da imagem. Repare nas tomadas dos pilotos dentro das naves. Quando o esquadrão dos rebeldes chega do hiperespaço é de arrepiar. E quando percebemos que todos vão morrer, só nos resta chorar.
A participação de Peter Cushing via TGI é linda. Assim como a de um outro personagem na última cena. Quando percebi que isso aconteceria, quando me toquei que Rogue One terminaria exatamente onde Uma Nova Esperança começa, não tive como controlar as lágrimas. Fiquei esperando o final, preso na cadeira.
E a última cena de Darth Vader? Nunca vimos algo parecido. O medo que ele provoca nos soldados. É ESPETACULAR! Sonho de criança.
Esqueça a chatice, os personagens rasos e os diálogos risíveis da trilogia prequel (Episódios I, II e III). Esqueça a inocência e infantilidade da trilogia original (Episódios IV, V e VI). E esqueça o medo de errar que envolveu o recente Despertar da Força. Estamos falando aqui de liberdade e reverência.
Enfim. Estou doido para rever no cinema e sentir mais uma vez toda aquela emoção. Os caras acertaram em cheio. Que venham os próximos filmes.
Deixo com vocês um trailer feito pelo editor só com cenas que acabaram não entrando no longa. Que a força esteja com você.