O título do post não é exagero não: que porrada!
Tô pra falar do álbum “Letrux em Noite de Climão”, da atriz, cantora e escritora Letícia Novaes (ex-Letuce) desde que ele foi lançado, há algumas semanas. Bancado por crowdfunding, o disco tem tudo para encabeçar as listas dos melhores do ano, pode apostar.
Meio rock, meio eletrônico, meio dançante, meio melancólico, meio futurista, meio retrô, meio oitentista, meio noventa, ele é essa metamorfose sonora. Ou seja, autêntico como poucos. Carregado de erotismo e toques de ironia e sarcasmo, é um sopro de novidade no mercado musical brasileiro. Foge totalmente das expectativas e joga toda a mesmice no lixo. Viciante.
É, porque músicas com letras do tipo “Que estrago que cê fez lá na minha cama/Garota, toma tenência/Garota, me põe pra jogo/Que olhada que cê deu aqui na minha cara/Que milagre que cê fez com as duas mãos/Cuidado, o farol tá aceso/Cuidado, maré tá enchendo/Suas pernas cruzadas/Suas pernas abertas/Sua boca lacrada/Sua boca aberta”, a gente não vê com muita frequência.
Tudo, acredite, muito leve e divertido. É um disco que pode tanto embalar uma pista improvisada na sala de casa ou servir como trilha sonora de uma noite solitária debaixo do cobertor. Quantos álbuns conseguem ser tão ecléticos?
Então, bota play e aproveita este momento de brilho que a cena musical brasileira vem vivendo nos últimos anos. Vai fundo. E não esquece de aparecer nos shows. O álbum é totalmente independente, merece seu apoio.