“Tira a Dilma que melhora”. “Faz Reforma Trabalhista que melhora”. “Elege o Bolsonaro que melhora”. “Aprova a Reforma da Previdência que melhora”.
341 mil empresas já fecharam desde o Golpe de 2016. Temos 13 milhões de empregados. E os tais investimentos estrangeiros que seriam a salvação evaporaram.
Enquanto tivermos uma mídia casada com a elite e o mercado financeiro – fazendo muita grana como vimos no caso do jornalista com o Bradesco – e pessoas sem inteligência e cultura em cargos de poder nas empresas e com microfone na imprensa, seguiremos sendo um puxadinho de país.
Uma terra de explorados em que a humanidade morre a cada dia e a ganância corrói não só as riquezas – como o petróleo, a água, a Amazônia e a Arte – mas também as vidas dos desamparados e inocentes.
A desigualdade, em todos os aspectos, é o vírus mortal da sociedade.
O único governo mais próximo da esquerda provou que é possível crescermos e atrairmos investimentos com distribuição de renda, planejamento e soberania. E olha que foi pouco! O governo, naquela época, proporcionou o cenário de otimismo, investimentos e pleno emprego.
O cego acha que cresceu na carreira e ganhou dinheiro por merecimento e não vê que sem uma terra adubada e irrigada pelo governo não é possível cultivarmos um futuro promissor e rico.
Hoje está na moda brigar com os fatos, mas o papel daqueles que enxergam é escancarar a verdade.
O mundo está cheio de exemplos de terra adubada pelo Estado, pena que ninguém estuda ou lê. O governo coreano criou uma alternativa forte e extremamente rentável ao poderoso entretenimento norte-americano e hoje o K-Pop corresponde a grande parte do PIB daquele país.
O Brasil, uma potência musical, mas também com talentos em todos os campos das artes, poderia ter seguido o mesmo caminho. Mas optou pela ignorância.
Nossa sociedade valoriza a matéria e o sucesso é medido por posses, enquanto a verdadeira riqueza está numa vida em conexão com tudo – desde a Natureza até as pessoas mais distantes.
Enquanto não entendermos que fazer mal a um professor ou a um indígena ou a uma advogada ou a uma pessoa em situação de rua ou a um funcionário ou a uma reserva florestal ou a um boi ou a uma planta do jardim é fazer mal a nós mesmos, seguiremos nessa loucura desumana que nada mais é que um suicídio coletivo de toda a civilização. Talvez seja isso que tenhamos mesmo de fazer para salvar o todo.