A gente achava que Eduardo “Underwood” Cunha iria utilizar todas as suas artimanhas e conchavos para conquistar a presidência. Ele estava no caminho disso, colocando a esposa, Michel Temer, na presidência e, ele mesmo, no cargo de vice, para depois jogar Temer da plataforma do Metrô e finalmente assumir o poder.

Mas a gente não contava com a intervenção do STF: a equipe de roteiristas de “House of Cards” foi substituída pela de “Game of Thrones” que, convenhamos, é bem mais criativa e ousada. Então, acompanhamos hoje a ressurreição de Dilma Rousseff, tida como morta pelos traidores na temporada passada. Assim, descobrimos que a Mulher de Vermelho, mesmo já bem velha, abatida e desacreditada, tem muito poder, sim.

Enquanto isso, o Rei do Norte, Flávio Dino, conseguiu o apoio do Lord Waldir, do clã Maranhão, e agora luta para trazer os Calheiros para o seu lado. A batalha contra o bastardo Michel Temer, aquele que cortou o barato dos movimentos sociais, promete ser emocionante nos próximos episódios.

Em Porto Real, os tucanos trouxeram à vida, como um soldado brutamontes, o defunto Lord Serra e reuniu o Conselho para dividir os cargos do futuro novo reinado, sem saber que uma multidão, que antes estava do lado de lá da muralha da frente do Congresso, vem com tudo exigindo as terras dos latifúndios e o ouro das famílias mais abastadas.

Longe de tudo isso, a Khaleese Silva, ambientalista da Amazônia, sofre mais um revés, como sempre acontece quando acreditamos que ela, finalmente, terá sua chance de tomar o trono. Agora, sem seus dragões e aliados, vaga solitária esperando uma nova oportunidade.

A Sonsa Suplicy esquece o eleitorado que a colocou onde está e cai em todos os discursos vazios de seus novos aliados. Como é fácil enganar a garota! Mas todos temos esperança de que ela ainda vá se salvar no final.

O aleijado, que passou por maus bocados, andou sumido na temporada passada e ficou preso na árvore no comecinho desta, mas agora começa a caminhar revivendo o passado, repensando as atitudes erradas que cometeu, tentando encontrar um caminho para o futuro. Não sabemos o que vem pela frente.

Resta saber se o povo continuará cego como Arya, perdido na escuridão, respondendo sempre a mesma coisa quando perguntam em quem votará em 2018: “ninguém, ninguém”!

The winter is coming. E quem disser que sabe como será o final disso tudo está mentindo mais que deputado federal. Aguardemos.